Olá a todos e bem-vindos novamente ao meu blog!
A semana passada partilhei o meu medo de ter um emprego com vocês. Como ter medo não me vai impedir de fazer o que quero, esta semana vou falar sobre as formas de arranjar um emprego e algumas alternativas engraçadas que existem!
Mais uma vez, quando estava a pensar sobre o tópico desta semana, surgiram-me algumas questões… O que é ter um emprego? Porque é que parece muitas vezes tão difícil de encontrar? Porque é que parece que muitas pessoas não gostam do que fazem? Não existem outras alternativas?
Acabei por refletir um pouco sobre estas questões e vou partilhar os meus pensamentos – se calhar vão ler o que escrevi e pensar “este gajo deve julgar que estamos a dormir, isto é óbvio!”, mas às vezes o óbvio passa-nos ao lado, então não custa nada relembrar 😉
Há várias razões para se querer ter um emprego. Há várias maneiras de se encontrar um emprego. Há vários trabalhos que podemos desempenhar. Várias variáveis, e não há uma receita mágica para simplificar a coisa…
O que é ter um emprego?
Ter um emprego é ser pago por alguém para fazer um trabalho. Alguém criou uma empresa com um certo propósito. Muito provavelmente porque existia a necessidade para um certo produto ou serviço na sociedade e um empresário aproveitou-se da oportunidade.
A minha função enquanto empregado, vai ser a de utilizar as minhas competências para levar a empresa para a frente. – Garantir a produção, satisfação dos clientes, cumprimento de leis, etc.
Isto é verdade para qualquer emprego. Pelo menos não consegui encontrar nenhuma exceção…
Como é que normalmente se forma um emprego?
Eventualmente, as empresas precisam de mais pessoas para substituir quem sai, ou, porque estão a crescer e precisam de ajuda com todas as tarefas que vão aparecendo. Cria-se uma vaga e espalha-se a palavra de que estão a precisar de ajuda para preencher uma lacuna e que em troca do serviço oferecem um pagamento. É aqui que nós entramos! Somos as pessoas que se candidatam a essas vagas!
Parece simples! É um jogo com dois jogadores! O empregador e o empregado.
Do lado do empregador, a esperança é que apareça o candidato perfeito! Super motivado, com os conhecimentos certos para o trabalho, disposto a dar o corpo e alma por aquilo que a empresa precisar! – Claro que isto é pouco provável que aconteça e o normal é que se acabe por escolher alguém que tem um conjunto das coisas necessárias e que é o melhor que se consegue de entre a lista de opções.
Nem todos os empregadores são iguais e há muita variância nas vagas que podem aparecer e na maneira como são tratadas:
- Alguns preocupam-se com os seus recursos humanos, com a felicidade de quem lá trabalha;
- Outros preocupam-se mais com resultados e com o lado económico;
- A vaga pode ser urgente! E a empresa não pode ser muito esquisita;
- A vaga pode não ser urgente e a empresa ter tempo para avaliar os candidatos existentes e esperar por alguém melhor;
- A empresa pode ter 1 vaga em aberto e os recursos humanos têm disponibilidade imediata para tratar dela;
- A empresa pode ter 30 vagas em aberto e o departamento de recursos humanos não sabe para onde se virar;
- As pessoas que estão nos recursos humanos podem estar mais, ou menos motivadas, mais, ou menos preparadas para o trabalho em questão;
Estes são alguns dos fatores que podem influenciar como uma empresa empregadora trata das vagas que tem. Todos eles estão fora do controlo de quem procura o emprego.
Do lado de quem procura emprego, a esperança é que apareça a empresa perfeita! Que se encaixe nos nossos valores, pague bem, trate bem de nós enquanto lá estamos e nos abra portas para o futuro. Mais uma vez, pouco provável. Ambos os lados têm que ceder um bocado…
Mais uma vez, nem todos os que procuram emprego são iguais (ainda bem) e isso serve para escolher a que empresas cada um se candidata:
- Alguns candidatam-se às empresas para as quais têm formação;
- Alguns aos trabalhos que sempre quiseram realizar;
- Alguns necessitam de certas condições no trabalho;
- Alguns procuram trabalho numa zona restrita;
- Alguns vão para qualquer lado do mundo;
- Alguns aceitam o primeiro emprego que aparecer;
- Alguns aceitam o trabalho em que ganhem mais com o menor esforço possível;
Cada um tem um objetivo quando procura um emprego e essa escolha vai restringir ou aumentar o nosso número de hipóteses.
Porque é que demora tanto a encontrar?
Existem vários empregos por todo o lado, mas é normal alguém passar 1 ano sem ficar empregado… Todas as decisões que tomamos, desde, em que ramo procurar, em que zona procurar, cultura da empresa, …, restringem os locais para os quais nos podemos candidatar. Não se sabe quando é que uma empresa vai abrir uma vaga, nem a situação em que ela se encontra, e isto também restringe os locais para onde nos podemos candidatar. Fora isto, as vagas às quais nos candidatamos vão ter outros pretendentes, o que diminui a probabilidade de sermos aceites – mais candidatos = mais escolha para a empresa.
No fundo, arranjar um emprego é um jogo de probabilidades e perseverança. O mais importante é não desistir e fazer o possível para aumentar as nossas probabilidades de ser escolhidos. Para aumentar as possibilidades, podemos fazer pelo menos duas coisas:
- Apostar no que nos destaca e torna melhores candidatos, em relação aos outros concorrentes, para sermos escolhidos;
- Diminuir as nossas restrições para aumentar o número de trabalhos para que nos podemos candidatar;
Se demorar 1 ano ou mais demora, não quer dizer que esteja algo errado comigo ou com as empresas para que me candidato. Ambos os lados têm que fazer aquilo que acham melhor para o seu futuro e eventualmente, encontramos um local em que os critérios de ambos os lados são correspondidos! Até lá, vamos focar-nos em aumentar as probabilidades de sermos bem sucedidos!
Aumentar as possibilidades de ser contratado!
Quero um emprego tradicional, em que vou para uma empresa, ou para um café, ou para outro sítio qualquer, o que faço?
Primeiro é importante ter uma ideia do tipo de emprego a que nos queremos candidatar. Quanta maior for a qualificação necessária, maior deve ser a preocupação nos vários pontos que vou enumerar. No entanto, eles aplicam-se independentemente do trabalho.
1. Pesquisar websites com oportunidades de emprego:
É o método mais eficiente para procurar emprego. Existem vários websites que recolhem informação sobre diferentes ofertas de emprego e as colocam à disposição na plataforma.
Fazemos uma pesquisa focada, com palavras-chave, a zona onde queremos trabalhar e outras opções disponíveis. Quanto mais específico, mais relevantes são as ofertas, mas se exagerarmos, diminui a probabilidade de sermos contratados.
Eis uma lista com vários sites para procurar emprego:
Portugal
Não é preciso muito contexto. Todos os sites estão em português e é só colocar a zona em que estamos a procurar e a área de trabalho. Coloquei uma * nos que utilizo, mas qualquer um deles é viável!
Alguns dos sites têm vagas antigas ou com pouca informação, para as quais não nos conseguimos candidatar ou não temos resposta, o que é chato.
Internacional
LinkedIn – Não é preciso muita introdução. É a rede social com mais profissionais de trabalho. Lá podemos encontrar recrutadores e vagas para todo o mundo.
Idealist -Este é um pouco alternativo. Não só tem ofertas de emprego como também tem programas de estágio e voluntariado pelo mundo fora. Ótimo se quiseres procurar algo um pouco diferente
Indeed – É um dos sites mais movimentados, vai buscar a informação a milhares de websites e está personalizado para cada país. Podemos procurar ofertas em vários países, fazer upload do nosso currículo e candidatar-nos a empregos. Também tem avaliações às empresas. Bom para procurar trabalho em Portugal e fora do país.
Glassdoor – É uma comunidade que ajuda pessoas a encontrar emprego. Para além de ofertas de emprego, podemos encontrar opiniões e experiências de pessoas que lá trabalharam, informações sobre o salário, dicas para entrevistas, …
LinkUp – Recruta para os Estados Unidos, o Canadá e o Reino Unido. É mais restrito, mas fiável. Trabalha diretamente com as empresas, não há spam e todas as vagas existentes estão ativas e são seguras.
Similar a websites onde podemos procurar emprego temos também websites de recrutadoras, como a Ergor, a MichaelPage e a Hays. Aqui também podem encontrar várias ofertas de emprego, a diferença é que temos a opção de contactar diretamente com um recrutador e fazer uma entrevista inicial, onde eles avaliam o nosso perfil, os nossos interesses, competências e podem dar feedback em dúvidas que tenhamos – como o nosso currículo ou perfil de LinkedIn. Ganhamos experiência a fazer entrevistas e ficamos com uma noção dos pontos em que podemos melhorar.
1.1. Inscrever no IEFP
Considero isto um ponto dentro de procurar em websites, porque é mais uma ferramenta de procura de emprego.
Os principais benefícios de estarmos inscritos no IEFP são:
- Estar elegíveis para um estágio;
- Ter formações gratuitas organizadas pelo IEFP;
- Ter direito ao subsídio de desemprego;
- Ser chamado para diferentes vagas;
Agora, cabe a cada pessoa decidir se isto é ou não vantajoso. Por exemplo, ao ser chamado para formações a comparência é obrigatória, ou ficas expulso durante 3 meses. Se as formações são ou não vantajosas, vai depender de cada pessoa e da sua formação.
A frequência com que és chamado para vagas depende do cargo a desempenhar. Para cargos que exijam formação superior, usualmente o IEFP não chama com muita frequência, pois as empresas preferem fazer o recrutamento elas próprias. No entanto, caso seja o primeiro emprego e queiras um estágio IEFP tens que estar inscrito para ser escolhido.
Quando és chamado para uma vaga é obrigatório comparecer. É possível recusar a vaga ou o estágio, mas com o risco de perder o subsídio de desemprego, quando aplicável. Se estiveres num estágio e desistires, arriscas-te a não poder fazer mais nenhum durante 12 meses.
2. Construir o teu nome Profissional
Uma das melhores maneiras de o fazer é criar uma conta em sites de networking como o LinkedIn.
Tornamos o perfil o mais completo e profissional possível e começamos a aumentar a nossa lista de contactos e interesses.
Claro que um perfil de LinkedIn não é uma imposição, podemos ter um blog, um website, uma pagina no Facebook, enviar emails a pessoas, falar pessoalmente com elas, o objetivo aqui é aumentar a probabilidade de as pessoas que nos podem empregar saberem quem somos e quais são as nossas competências. A estratégia a adotar vai depender do ramo de trabalho! Se queremos trabalhar na freguesia onde vivemos ou nas redondezas, faz sentido falar diretamente com diferentes pessoas e espalhar a palavra do que estamos à procura. Por outro lado, se queremos um trabalho internacional essa estratégia tem menor probabilidade de funcionar e investir num perfil online oferece mais visibilidade!
Como a maior parte das pessoas que vai ler isto provavelmente utiliza o LinkedIn, deixo aqui uma boa publicação sobre como ter um bom perfil de LinkedIn.
2.1 Networking
A razão principal para construir um nome profissional é dá-lo a conhecer ao mundo. Uma das melhores formas de o fazer é a contactar outros profissionais dentro da área em que pretendemos trabalhar. Nunca sabemos que contacto nos pode abrir uma porta para o futuro desejado, então é importante abrir horizontes, conhecer novas pessoas e dar-nos a conhecer.
Atenção, isto não é só conhecer umas pessoas e impingir os nossos desejos! É tudo uma relação de reciprocidade em que o ideal é que todos os participantes saiam a ganhar.
- Podemos começar por falar com a nossa família ou amigos caso tenhamos conhecimento de alguém que nos possa ajudar;
- Adicionar pessoas no LinkedIn, Facebook ou outra plataforma e iniciar uma conversa;
- Ir a uma conferência e contactar com os participantes;
- Falar com os nossos antigos professores;
Há inúmeras formas de expandir a nossa rede de contactos. Contudo, é importante lembrar duas coisas:
- Não é o número de contactos que importa, é a qualidade;
- Não é só esperar que façam algo por ti, tens que estar disposto a fazer algo pelo outro. Como disse antes, reciprocidade. Não somos mais nem menos que ninguém e todos avançamos se nos ajudarmos mutuamente.
3. Fazer uma lista de empresas
Tens uma lista de empresas para as quais gostavas de trabalhar? Se não, pode ser uma boa maneira de teres noção do que gostavas de fazer e de onde te focar na procura de emprego. Toda a informação necessária sobre a maior parte das empresas está disponível online. É uma boa maneira de depois estarmos atentos às vagas que aparecem onde temos mais interesse e ter um currículo ou carta de motivação personalizada para a empresa, de modo a destacarmo-nos da competição.
4. Currículo e Carta de Motivação
O currículo é normalmente a maneira que temos de nos apresentar ao empregador. Claro que pode não ser necessário, depende do trabalho a desempenhar, porém, geralmente, é das coisas que têm mais peso quando o recrutador considera se nos chama para uma entrevista ou não.
A carta de motivação, nem sempre é necessária, mas é uma boa maneira de mostrar o nosso esforço para conseguir aquele trabalho, ou para passar uma mensagem mais direcionada à empresa a que nos candidatamos de um modo que não é possível no currículo.
Existem algumas regras gerais para construir ambos os documentos, tais como:
Pensar na estrutura e no conteúdo que se vai colocar no documento.
Ninguém quer ler algo genérico e onde se nota a falta de esforço. Isso passa a mensagem ao recrutador que não tens muito interesse pela posição, logo não és um bom candidato para ser contratado.
Dar a conhecer de maneira concisa e estruturada as nossas qualificações, competências e objetivos.
Os recrutadores estão super fartos de ler currículos e tudo o resto, é normal que estejam saturados. Se pudermos ser diretos ao assunto e nos focarmos no essencial é mais fácil chamar à atenção e é menos provável que desistam antes de ler.
Dar um toque pessoal.
Independentemente do documento, todos temos maneiras ligeiramente diferentes de expressar as coisas. Dar um toque da nossa personalidade pode ser uma boa maneira de nos destacarmos do mar de documentos que existem.
Colocar palavras-chave, não ter erros ortográficos (sou um desastre neste ponto…)
Isto é importante, porque muitas empresas agora usam programas de computador para fazer uma triagem inicial dos currículos e é chato se o nosso for eliminado logo no início…
Este ponto é mais importante para a carta de motivação, mas pode servir para ambos.
– Não importa dizer o quão queremos trabalhar para uma empresa, o importante é mostrar o que podemos trazer de valor para a mesma! Eles querem saber o que têm a ganhar contigo e não o contrário, então, pensar como podemos ser uma mais-valia e transmitir essa mensagem é importante!
Se conseguirmos construir um documento com base nestes pontos, estamos num bom caminho! Contudo, ter um bom currículo não é sinónimo de ser aceite, não basta “enviar o CV” e já está.
A competição é lixada. Não és o único a fazer isto e tens que assumir que todos os outros fazem um trabalho tão bom, ou melhor, que o teu. Então, todos os pontos que falei até agora funcionam melhor se forem utilizados em conjunto!
Não desmotivar, ir a career afairs, falar com os nosso pais, professores, recrutadoras, procurar no Facebook, em websites, contactar empresas, etc. E depois, vamos acabar por ser chamados e só temos que fazer uma coisa
5. Arrasar a entrevista!
Ok, chegaste até aqui, tens o pé na porta! Mesmo assim, continuas a ter 20 ou 30 concorrentes atrás da mesma vaga. Há algumas coisas que podemos fazer aumentar a probabilidade de sucesso. Quanto mais preparados, menos stress vamos sentir, então vou dar umas dicas para a preparação:
Investigar a empresa. – Saber responder a perguntas como “o que é que a empresa faz?” ou “porque é que queres trabalhar aqui?”, são coisas básicas, mas mostram que tiraste um pouco do teu tempo para pensar sobre o assunto.
Falar com alguém que já tenha trabalhado ou que trabalhe lá! – é uma boa maneira de obter informação e ter uma vantagem em relação aos outros concorrentes! Mesmo para saber se é mesmo o que queremos, a experiência de outra pessoa pode ajudar na decisão!
Refletir sobre algumas perguntas e respostas. – Existem perguntas que mesmo que os recrutadores não façam, é bom ter consciência das respostas. Saber as nossas qualidades e competências, saber que trabalhos podemos desempenhar, saber o que aprendemos no nosso percurso até agora e como podemos aplicar…
Não estou a sugerir que se façam respostas feitas, como aquela coisa do “diz-me um defeito teu” e dizemos teimoso, que é um defeito que é uma qualidade… Na minha opinião, os recrutadores sabem quando estamos só a tentar engana-los e a dizer uma cena para ficar bem. Podemos simplesmente dizer a verdade e ver o que acontece (não estou a sugerir dizer coisas tipo “o meu pior defeito é comer de boca aberta” ou “o meu pior defeito é deixar a porta aberta quando entre numa sala”).
Dizer algo verdadeiro, que tenha relevância para o trabalho é a minha maneira de fazer as coisas, mas como eu não tenho um emprego, levem isto com uma pitada de sal xD
E depois é fazer várias entrevistas. A experiência também conta e começa-se a entender o que resulta e o que não resulta. Vou deixar aqui este artigo que fala sobre como nos prepararmos para entrevistas e dá dicas para diferentes tipos de entrevistas, presenciais, por telefone, por Skype, entrevistas de grupo, etc. Se quiserem ler mais sobre o assunto, é interessante.
Depois da entrevista, podemos entrar novamente em contacto. Mostra que estamos envolvidos e temos interesse. Causa uma boa impressão.
Para fazer isto, podemos enviar um email a agradecer a entrevista, ou a perguntar quanto tempo demora geralmente a avaliação dos candidatos, ou algo do genero.
6. Aceitar/Recusar a proposta
Parabéns! Recebeste uma proposta. Agora podes aceitar, recusar ou tentar negociar os termos da mesma. Pensa sobre o que queres fazer para o futuro, se a empresa passou o sentimento que estavas à espera ou se sentes que não é bem isto que queres e deves esperar e procurar algo diferente. Claro que não podes esperar para sempre, mas lembra-te que não és obrigado a aceitar só porque te fizeram uma proposta! Eles também precisam de ti, não é só ao contrário, é sempre bom ter isso em mente =)
Caminhos alternativos?
Até agora falei sobre a maneira tradicional de encontrar um emprego e como aumentar a nossa probabilidade de ser escolhidos! Todavia, este não é o único caminho que temos que seguir.
Vou partilhar algumas das alternativas que considero viáveis, interessante e que podem ser conciliadas com a procura de emprego!
Vou focar-me em dois pontos. Focus groups e Freelance.
Focus groups
No fundo, é fazer uma entrevista a uma pessoa ou a um grupo de pessoas sobre um tópico. Pode ser um produto, um serviço, uma opinião, um conselho, depende. É uma estratégia bastante utilizada no marketing, mas também é utilizada por empresas ou outras entidades que procurem ajuda, ou diferentes opiniões. A parte atraente disto? Eles pagam-nos para responder a perguntas! Claro que em Portugal não existem tantas oportunidades como na América ou em Inglaterra, mas mesmo assim podemos aproveitar para fazer algum dinheiro enquanto estamos a procurar um emprego. Vou fazer uma lista de alguns websites em que se podem inscrever se estiverem interessados. Todos os websites que eu colocar aqui, eu pesquisei e inscrevi-me primeiro para garantir que eram seguros.
Opção Portuguesa. Não parecem ser super ativos, mas é o que há.
Fazem estudos qualitativos e quantitativos, como qualquer outra empresa do género.
Fazem entrevistas telefónicas, online, em casa e em grupos. Fazem inquéritos online e reuniões de grupo.
Por participar recebemos uma quantia que normalmente ronda os 35 euros em cartão de compras
As reuniões por normal têm a duração de 2:30h http://www.pontis.pt/inscricao_info.php
Provavelmente das melhores opções internacionais.
Pagam entre 50 a 250 € por focus group.
Basta criar uma conta e colocar o nosso PayPal (para receber o dinheiro)
Depois de criada, podemos pesquisar os estudos disponíveis
Inscrevemo-nos para participar nos estudos a que consideramos estar qualificados
A proposta é revista e ao ser escolhidos somos convidados a participar no estudo.
Combinamos a hora com o entrevistador e no final somos pagos por PayPal
5% do dinheiro do pagamento vai para a plataforma. Por isso se oferecem 100 euros, recebemos 95 €
- Foi a aplicação que mais gostei, pois, em vez de esperar um contacto podemos candidatar-nos aos inquéritos!
Referal Code – se estiverem a pensar utilizar, inscrevam-se por este código, é grátis para quem se inscreve e eu recebo uma recompensa. Obrigado <3
Tem boas reviews e procura principalmente pessoas para inquéritos relacionados com a indústria farmacêutica
Só temos que nos registar, dar algumas das nossas informações e casos eles considerem o nosso perfil o correto para um dos inquéritos deles, entram em contacto connosco.
O método de Pagamento também é por PayPal, o montante é acordado aquando do contacto
Aqui, somos pagos 50 € para responder a 7 perguntas sobre um certo serviço ou produto, ou 10 € para responder a 1 pergunta
O método de inscrição é um pouco mais demorado e é necessário gravar um vídeo com a nossa câmera para confirmar que funciona.
Isto porque vamos responder às perguntas enviando um vídeo com as nossas respostas.Depois de nos registarmos, podemos ver os estudos que nos são recomendados e inscrever.
Se formos convidados, enviamos um vídeo com as respostas e 24h depois recebemos o dinheiro por PayPal
Não vai ser a vossa fonte de rendimento do mês, mas é uma maneira de, possivelmente, ganhar algum enquanto se está mais disponível. Não custa nada tentar, por isso inscrevi-me e vocês podem fazer o mesmo.
Freelance
Ao contrário da sugestão anterior, freelance é algo mais sério e que exige mais tempo e esforço da nossa parte. Por outro lado, não tem que ser um part-time, pode ser o nosso trabalho a tempo inteiro se nos dedicarmos e quisermos seguir este caminho!
A parte boa do freelance é que controlamos o que fazemos. Claro que temos que ser bons a fazê-lo e mostrar as nossas competências para conseguirmos trabalho, porém, não estamos dependentes de um patrão. É uma espécie de trabalho por conta própria. Há vários serviços que são procurados, é uma questão de dar uma vista de olhos e encontrar algo que nos desperta o interesse. Se tivermos tempo livre e não soubermos bem o que fazer com ele, isto é uma alternativa produtiva para aprender uma nova habilidade, ou utilizar uma que já temos, e ganhar algum dinheiro com isso.
Vou deixar uma lista das melhores plataformas de freelance que encontrei para iniciantes. Existem muitas mais e a minha escolha é baseada na leitura deste 4 artigos – 1, 2, 3, 4 – e teste dos diferentes websites.
Se alguém está seriamente a pensar começar um trabalho de freelance a tempo inteiro é das melhores plataformas. Não só tem várias propostas, como nos dá acesso a cursos e treino necessário para ter sucesso enquanto freelancer, assim como testemunhos de outros profissionais.
Tem que se pagar 2 euros para o teste de 30 dias e depois disso é 19 € por mês. Então pode não ser a melhor opção para todas as pessoas.
Semelhante ao anterior
Colocamos o nosso interesse, disponibilidade, local de residência e eles mostram os trabalhos que estão disponíveis. Pode-se escolher part-time, a tempo inteiro, trabalho remoto ou presencial.
Para ver os trabalhos não é necessária uma conta, para nos inscrevermos é necessário e também tem uma mensalidade, que varia consoante o pacote que escolhemos. Podemos fazer a conta, pagar uma semana, inscrever-nos no trabalho e sair, ou podemos ter sempre a conta ativa.
A minha plataforma favorita de todas as que experimentei.
Aqui encontram trabalhos principalmente relacionados com escrita.
Tem coisas dos vários níveis, desde iniciante até mais profissional.
Não é preciso criar uma conta para nos inscrevermos nos trabalhos e têm bastante conteúdo educacional sobre como começar um blog e como o monetizar.
Eu, por exemplo, candidatei-me a escritor para um blog de ténis!
Algo que eles avisam é para ter cuidado ao inscrever para os diferentes trabalhos porque pode existir quem nos queira aldrabar. Tem um guia com os cuidados que devemos ter caso decidam dar uma vista de olhos.
A melhor maneira de descrever esta plataforma é como a mais flexível que encontrei. Nós colocamos propostas de trabalho e quem precisar compra-as.
Tem uma diversidade enorme de diferentes tópicos, desde coisas mais sérias – como fazer logótipos ou construir um website -a coisas menos comuns – como pagar 10 $ por hora para alguém jogar computador contigo
Dizemos que serviços estamos dispostos a fazer e qual o preço dos mesmos. A plataforma tem processos para fazer verificação e ver as credenciais de cada pessoa para o trabalho que dizem fazer, de modo que quem compra tenha uma ideia de quão fiável é a outra pessoa.
A imaginação é quase o limite aqui. Podem postar algo a que sejam bons, como oferecer serviços de treinador de videojogos ou dar aulas de fitness, etc… E fazer isso como part-time quando tiverem disponibilidade.
Apesar se ser a última plataforma que refiro, upwork é um dos mais conceituados e provavelmente o maior website de freelance.
Funciona para iniciantes ou pessoas mais experientes. Criar uma conta é grátis e fazem uma avaliação do teu perfil automaticamente, de modo a saber se correspondes aos standards que a plataforma requer.
Eu primeiro inscrevi-me como engenheiro químico para trabalhos em engenharia, mas sem experiência profissional. Eles rejeitaram o meu perfil, porque não atinge os requisitos pretendidos pela plataforma.
Quando me inscrevi como escritor já me deixaram concorrer a ofertas, porque o nível de exigência deve ser diferente.
O empregador diz o que necessita e as exigências mínimas. A partir desse ponto, podemos inscrever-nos e temos um processo de recrutamento normal. Esta plataforma serve para trabalhos de freelance, mas tem várias propostas que são consideradas um “emprego normal” pelo que serve tanto para procurar emprego internacionalmente, como para procurar oportunidades freelance.
Não tem custo de entrada, é só criar a conta e se formos aceites podemos inscrever-nos nos diferentes projetos publicados na plataforma.
Existem muitos outros caminhos alternativos! É impossível falar de todos! Assim que decidimos ser patrões de nós próprios, o céu é o limite! Posso passear cães, cortar a relva dos vizinhos, começar um canal de YouTube, dar explicações, ser arbitro de jogos, fazer revenda de sapatos… Basta encontrar uma necessidade que tem que ser satisfeita e ter uma boa ideia de como a satisfazer!
Conclusão
Esta publicação tem vários objetivos – mostrar que não é fácil encontrar um emprego, que há outras oportunidades fora o básico, … -, mas tem um objetivo em especial, que é mostrar que não temos um caminho a seguir ou uma receita mágica para chegar onde queremos. Há várias hipóteses e se temos oportunidade e vontade de as explorar podemos fazê-lo, não é irreversível nem prejudicial. Pelo contrário, podemos descobrir uma alternativa que até gostamos mais!
Neste momento, não sou exemplo para ninguém, mas eu sei que com perseverança e esforço conseguimos o que queremos. O que importa é não desistir, fazer as coisas de forma informada e com uma estratégia. Há inúmeras formas de se chegar ao mesmo objetivo e provavelmente vamos gostar mais de um caminho que de outro. Felizmente, não temos que nos restringir a um caminho, temos liberdade de explorar e ganhar experiência em diferentes ramos! Eu estou a aproveitar este tempo enquanto procuro emprego para o fazer e qualquer uma das pessoas que está a ler isto pode fazer o mesmo, quer esteja empregada ou desempregada.
Uma das razões para as pessoas não gostarem do trabalho que fazem deve ser não explorarem diferentes caminhos ou não serem restritos o suficiente nos trabalhos que estão dispostos a fazer… Sei perfeitamente que nem todos temos as mesmas escolhas e possibilidades, mas de certeza que alguns têm e não se apercebem ou não aproveitam…
Por último, tenho noção que alguns dos temas de que falei apenas o fiz superficialmente. Muitos deles merecem uma publicação só para eles, como otimizar o nosso LinkedIn ou como preparar para uma entrevista. No futuro vou fazer publicações mais detalhadas sobre esses e outros tópicos – ou não… já existem bastantes publicações do género online, não sei se iria acrescentar algo de novo… vou ponderar.
Até lá, espero que tenham gostado da publicação desta semana! Se discordam ou concordam com algo que eu disse, têm sugestões para melhoria, encontraram um erro horrível ou simplesmente têm algo a dizer, deixem um comentário ou falem comigo diretamente que estou disposto a aprender =)
Boa semana e até à próxima!
Ricardo Ribeiro