Viagens: Hamburgo, Copenhaga, Estocolmo <3

Young man with a gryffindor scarf in stockholm

Boas!

Fui viajar! Já não saia de Portugal há 2 anos, quando fui visitar um amigo meu em Erasmus!

A viagem e a organização da viagem estiveram repletas de nostalgia. Já tinha saudades de descobrir novos locais, aprender a história e a cultura dos países e dar voltas a igrejas <3

Nostalgia à parte, esta publicação é para falar desta viagem, e pretendo publicar sempre que viajar. Dito isto, eu publico apenas a minha experiência, não é nenhum guia nem roteiro. Para isso, deixo os links de blogs para cada uma das cidades!
Visitei 3 locais. Hamburgo (Alemanha), Copenhaga (Dinamarca) e Estocolmo (Suécia), de 21 a 29 de novembro – cheguei mesmo antes das restrições da covid ^^
Viajei com o meu irmão. Os números que vou partilhar são referentes a mim, mas para 2 pessoas é só multiplicar por 2!

Hamburgo

River side. Hamburg

Hamburgo é uma boa cidade. Não é muito vistosa, cheia de monumentos incríveis e atrações, mas é uma cidade calma, com vários museus e atividades culturais interessantes. Parece uma boa cidade para se viver em família. É calma, organizada e segura. Dá para andar bem de bicicleta ou de transportes públicos – pelo menos pela zona central – e tem oportunidades de emprego abundantes (tem o maior porto alemão e industria à volta do mesmo, que se aproveita da localização privilegiada).

Passei 2 dias na cidade. Como turista, é suficiente para visitar os pontos principais. Visitei:

Planten un Blomen – É o jardim central da cidade. É grande o suficiente para ter várias zonas temáticas. Uma zona para crianças – e adultos – brincarem, zonas para praticar desporto, jardins temáticos (na foto estou eu no jardim japonês), um jardim botânico e animais como esquilos e coelhos a passear em certas zonas do parque. Ótimo para um passeio de domingo, uma corrida ou outra atividade. Se morasse em Hamburgo, vinha aqui várias vezes!

Boy in Japonese Garden
Eu a atingir o nirvana

Elbphiharmonie – É uma das maiores e acusticamente mais avançadas salas de concertos do mundo. Infelizmente, no dia em que lá fui estava fechado porque transformaram o edifício num centro de vacinação (com 1 km de fila… Fiz um vídeo. Mas encontrei este no Twitter, que está melhor que o meu xD). Supostamente, por 2 € podemos subir e temos uma das melhores vistas panorâmicas da cidade… Para a próxima confirmo!

Miniatur WunderlandWOW. Custa 20 euros. 17 € para estudantes (basta mostrar uma coisa qualquer e eles acreditam 😉 ). E compensa muito! É a representação de várias cidades em miniatura, mas dizer isto não lhe faz justiça. O nível de detalhe utilizado é incrível – vejam este vídeo para entender. Um dia neste mundo dura 15 minutos e é composto por várias partes moveis automatizadas – de pessoas a carros (que param no vermelho e em stop’s) – controladas por pessoas e computadores – que podemos observar a trabalhar.
Tem representações de vários países, como a Alemanha, Estados Unidos, Itália, Áustria, Dinamarca, Suécia e o Mónaco está em construção.
Com tanto detalhe, é fácil perder um dia inteiro a explorar a exposição. A réplica do Elbphiharmonie, por exemplo, custou 3 milhões de euros e mais de 250h de trabalho… Recriaram o edifício, a sala de espetáculos, salas secundárias e tinha um espetáculo a acontecer… Noutro local, eu parei junto a um mini-anfiteatro onde era representado Romeu e Julieta, ou então aparece o Papa em Roma, ou há um festival de tecno na Alemanha. Fiquei deslumbrado!

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Romeu & Julieta

FishMarket – Não fui… É só ao domingo de manhã, mas dependendo da cidade, há sempre feirinhas interessantes. Aqui não sei, mas se clicarem no link do nome aparece umas fotos do google!

St. Pauli – É uma zona interessante! Não fui lá durante a noite, só passei durante o dia de bicicleta. É a zona para a juventude se ir embebedar, com bares e um “mini-red light district”. Passei pelo museu do erotismo, onde não entrei, mas fica para a próxima xD

Onde ficar? O que comer? Como deslocar?

Fiquei num hotel chamado InnSide, acolhedor, moderno, com um bom pequeno-almoço e empregados simpáticos. O preço foi dos mais baratos que encontrei. Tipo 30/40 euros por noite e é perto do centro (mas apanhei tipo 40% de desconto…)

A comida é o que é… O Otto’s Burger tem um bom hamburger. Não vão arranjar muita coisa decente e barata. Mas a 15/20€ por pessoa tem coisas fixes (tipo o Otto’s). A 10€ ou menos, é ir ao Mac ou comprar uma sande e o resto no supermercado…
Caso tenham saudades da comida portuguesa, Hamburgo tem uma zona portuguesa (que eu não visitei), onde há bastantes restaurantes portugueses, como o “Vasco da Gama”. Então é uma boa maneira de ter uma refeição tuga!

Para deslocar, quer os transportes públicos, quer as bicicletas são excelentes. Um bilhete diário para os transportes é 7,90 € (comboio e autocarro) e alugar uma bicicleta 1 dia varia entre 12 e 15 € pelo que vi. A vantagem é que dá muito mais flexibilidade e podemos visitar a cidade rapidamente.

Pela minha experiência, a cidade é bastante calma. Não passei aqui a sexta e sábado que pelo que me disseram é a loucura para quer quiser festa! Free walking tours em inglês só tem sexta sábado e domingo. Já não cheguei a tempo de nenhuma infelizmente.

Ao todo, gastei entre 150 a 170 € nos 2 dias que lá passei. É possível gastar menos, é fácil gastar mais.
Em relação ao Covid, é necessário certificado e temos que dar os nossos dados pessoais (nome, morada e número de telefone) para sermos contactados se tivermos covid. No entanto, nos restaurantes a que fomos, as mesas estão com 50 cm de distância, então não há distanciamento social nenhum… O que é um pouco estranho.

Copenhaga

Boy in front of a castle
Eu no castelo de Frederiksborg

Copenhaga é uma cidade linda! As ruas são espaçosas, há vias distintas para carros e bicicletas (50% da população usa bicicleta para se deslocar para o trabalho ou escola) e há vários espaços verdes onde se pode respirar. Primeira cidade onde encontrei consistentemente transito de bicicletas. Fica vermelho e tem uma fila de mais de 50 pessoas, tudo de bicicletas à espera para arrancar!

Outra coisa distinta da cidade é as pessoas serem lindas e cheias de estilo! Olhei mais para as raparigas que para os rapazes, mas daaam a proporção de pessoas bonitas pareceu-me bastante superior a qualquer outro local que tenha visitado. (exceto o meu quarto ^^)

Problemas: É tudo bué caro – para um tuga. Na Dinamarca não há salário mínimo, mas segundo o que li, o mínimo que se espera ganhar é cerca de 1 650 € limpos por mês (2.º mais alto depois do Luxemburgo) e o salário médio é 2 500 € limpos. É caso para dizer que quem é “rico” não é feio hehe

Outro entrave para quem visita são as taxas de câmbio. A moeda oficial é a Coroa Dinamarquesa e se queremos trocar euros para coroas temos que nos sujeitar à taxa de conversão que oferecem. Soluções para isto é ter, por exemplo, um cartão Revolut e ter lá dinheiro já em Coroas. Não me lembrei de fazer isto, mas como crypto é o futuro, utilizei o meu cartão da Binance para levantar dinheiro e pagar. E não paguei nenhuma taxa!! Pensei que haveria alguma taxa escondida, mas não. O valor que me retiravam era sempre igual ao valor de conversão que encontrei no Google! Incrível… Crypto é o futuro!!

Passei 3 noites em Copenhaga. Comprei o “Copenhagen card“, que é um cartão que me dá acesso a museus, transportes públicos, zoos e mais mil e uma coisas. Comprei por 72h – custa 100 € – e o objetivo foi fazer o máximo possível para compensar o investimento! Então, coisas que fiz:

Castelo de Rosenborg – Jardim no centro da cidade. O cartão dá acesso ao castelo.

Strøget – Rua central de Copenhaga. É uma estrada pedonal com mais de 1 km – supostamente a maior do mundo? – com várias lojas, cafés e bué cenas! Muito bonita! Pelo caminho, encontram-se também mercados de natal e outras ruas secundárias como a Strædet, que compensa visitar.

Passeio de barco – Ótima maneira de visitar a cidade e conhecer um pouco da sua história. Estava no cartão.

Castelo de Frederiksborg – Tornaram o castelo num museu. Foca-se principalmente na história da realeza, pois este castelo foi residência oficial de vários reis dinamarqueses. É grátis com o cartão e temos guia áudio. Infelizmente, fechou às 15h e não consegui ver tudo.

Museu Nacional da Dinamarca – O museu é gigante. Passei lá 3 horas e vi só uma pequena parte… Mas o que vi – a evolução da idade da pedra à idade do ferro e depois a era dos víquingues -, compensa. E está no cartão.

Planetário – É um planetário normal. Porreiro, mas nada de outro mundo. Mas estava no cartão, por isso aproveitei hehe

Tivoli Gardens – É o segundo parque de diversões mais antigo do mundo e a atração mais famosa de Copenhaga – já agora, o parque de diversões mais antigo também é em Copenhaga. Não desilude, compensa ir à Dinamarca só para visitar este local. Durante o inverno, para além de todas as diversões e atividades do parque, também tem mercados de natal. A atmosfera é incrível e há muito potencial para diversão e fotos para o Instagram <3 (E está no cartão)

Zoo de Copenhaga – Têm um zoo muito fofo. Que teve alguma controvérsia há uns tempos por umas cenas, mas eles por tudo o que pesquisei, eles fizeram a coisa certa (as pessoas é que gostam de ficar chateadas xD). É um zoo relativamente grande, com espaço para os animais, recriaram bem vários habitats e ya, é mais um local onde podemos facilmente passar um dia inteiro, que também está no cartão!

Lion family with their cubs
Reis da Selva a descansar!

Como perceberam, dei tudo para o meu “Copenhagen Card” compensar (e compensou ^^ ). Então, mais uma vez, não fiz a free walking tour… Que por um lado é chato, porque queria fazer, por outro lado, fica para a próxima! (sim, porque eu não fiz metade das coisas.)

Onde ficar? O que comer? Como deslocar?

Fiquei no hostel Generator Copenhagen, perto do centro e paguei 50 € por noite.

Em relação à comida, jantei sempre no hostel, por ser o sítio mais barato que encontrei com qualidade decente. Cada refeição foi 20 €. Para almoço comprei uma sande sempre.

Como tinha o cartão que me dava transportes públicos gratuitos, desloquei-me apenas com transportes públicos! Boa organização e bastante intuitivo!

Em Copenhaga acabei por gastar entre 360 a 390 € por 3 noites na cidade.

Estocolmo

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Este lago fica congelado e pode-se patinar no gelo. Incrivel!

Estocolmo é uma cidade fria… Muito fria. Fica noite muito cedo, então não dá para visitar muitas coisas por cada dia. A capital da Suécia é composta por 14 ilhas, ligadas por mais de 50 pontes, o que lhe confere uma estrutura e organização territorial peculiar.
Há ilhas praticamente só com parques e zonas verdes, outras só com habitações, há até uma ilha onde se pode alugar terra para cultivo! – A ilha é dividida em vários pedaços, cada um deles com uma casa e um pequeno terreno, que o povo de Estocolmo pode alugar durante um determinado tempo para cultivar os seus vegetais, flores, fazer um churrasco, ou o que quiser. Foi uma medida sugerida pela enfermeira Anna Lindhagen no século XIX e após perder popularidade durante algum tempo, voltou no século XXI a ser popular, porque as pessoas querem um local próprio onde se podem afastar da cidade. Chamam-lhe “kolonilott” e fiquei fascinado! A popularidade é tal que em Estocolmo a fila de espera é superior a 20 anos hahaha

A moeda oficial é a Coroa Sueca, então tem o mesmo problema de conversão que a Dinamarca. Com um cartão de criptomoedas ou o Revolut, resolvem o problema.

Achei a cidade muito bem organizada, e apesar de não ser tão bonita como Copenhaga ou tão acolhedora como Hamburgo, provavelmente era a minha primeira escolha para vir trabalhar, caso tenha oportunidade. Talvez devido à quantidade de startups e boas instalações (tive oportunidade de visitar o interior de algumas) ou simplesmente porque já fiz uma grande pesquisa sobre empregos e a Suécia tem muitas oportunidades interessantes xD. Bem, o que fiz?

Passeio de Barco – É quase obrigatório em Estocolmo. É a melhor maneira de ter uma boa ideia da geografia do arquipélago, encontrar locais que queremos visitar e aprender sobre a história do país.
Já agora, também havia a possibilidade de comprar um cartão como o de Copenhaga, mas a oferta não é tão boa, e na minha opinião, não compensa.

Passear pelas várias ilhas – Fora o passeio de barco, tudo o que fiz resume-se a isto. Afinal, é grátis, e para o final da viagem, o dinheiro já faltava xD Visitei o City Hall (onde é realizado o banquete do prémio Nobel), o Riddarholmskyrkan (onde estão sepultados vários reis suécos), visitei a Gamla Stan – o centro histórico da cidade, onde se pode encontrar o museu do prémio Nobel, várias lojas e cafés aconchegantes e diversificados. Foi lá que encontrei a SF Bookstore, loja de comic books, fantasia, jogos de tabuleiro e muito mais (que recomendo muito!!), e tem também, como não podia deixar de ser, mercados de natal! (que não são nada de especial comparado com Copenhaga, mas são decentes)
Visitei o Kungliga Djurgården, um parque lindo que fica na mesma ilha que o museu dos ABBA, o museu Víquingue, o Gröna Lund – um parque de diversões famoso, mas fechado durante o inverno :(. A ilha tem ainda um zoo/museu ao ar livre, um palácio real e muito mais. É uma ilha que vale a pena!

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Estátua no Town Hall
Young man with a statue in stockholm
Mesma estátua!

E e isso. Gostava de ter visitado o museu da fotografia e de ter feito uma free walking tour, mas com o tempo disponível, não foi possível. Fica para a próxima!

Onde ficar? O que comer? Como deslocar?

Eu fiquei no Sky Hotel Apartments. Um pouco desviado do centro, mas os transportes públicos levavam a qualquer lado. Paguei 50 € por noite.

Em relação a refeições, o sítio onde fiquei tinha fogão, então dava para cozinhar e ao almoço, comi uma sande sempre… Então não tenho recomendações, tal como em Copenhaga, preferi poupar o dinheiro.

Deslocação, foi sempre por transportes públicos. O problema é que cada bilhete custa 4 € e um bilhete diário são 16 €, então não é propriamente barata a deslocação pela cidade. Algo importante, se foram de comboio para o aeroporto de Estocolmo, não comprem o bilhete pela SL, esse não dá para usar no expresso Arlanta, tem que se comprar outro bilhete depois.

Ao todo, Estocolmo ficou entre 300 a 330 € a contar com as recordações que comprei e coisas assim! Acho complicado gastar menos de 260 € em 3 noites…

Conclusão

Tive que vender um rim e o tímpano direito para fazer esta viagem, mas compensou! Agora posso dizer que só dou ouvidos às vozes que estão à minha esquerda =)

Todas as cidades me surpreenderam pela positiva, e sei que quando tiver maior poder económico vou voltar a visita-las.

Na Dinamarca e na Suécia, não se usa máscara (porque já não há covid? :O ) e pessoalmente sou a favor da decisão deles. Mais de 69% da população está vacinada e senti-me seguro e consciente do que estava a fazer. Nos transportes públicos usei máscara quando estavam mais cheios, e não fui o único a fazê-lo! (tinha uma velhinha que também usava hehe) Fora isso, admito que praticamente só usei a máscara para proteger o meu nariz do frio xD

Por fim, falta o preço das viagens de comboio e de avião que fiz que foram menos de 200 € se não me engano. Mas apanhei bons preços…

E foi mais uma publicação! Espero que tenham gostado, talvez tenha fornecido muito detalhe, mas assim ficam com uma boa ideia dos custos da viagem e daquilo que cada local tem para visitar – pelo menos na minha perspetiva.

Até à próxima!
Ricardo Ribeiro <3

P.S. Não desejo Feliz Natal, porque ainda vou fazer mais uma antes do Natal! Espero eu…

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